AULA 22 – 1ª Parte, 2ª Seção, Capítulo III, Artigo 8 – Creio na Santa Igreja Católica – Parágrafo 1 A Igreja no desígnio de Deus (n. 748-780)

A Igreja deixada por Jesus é inteiramente dependente d’Ele e de seu Espírito. A Igreja é o instrumento utilizado por Deus para reunir todos os povos em um só povo. Por meio da Igreja todos podem fazer parte do Corpo de Cristo e entrar em comunhão com Deus.

A palavra Igreja vem do grego Ekklesia, que deriva do termo Ekklein que significa ‘chamar fora’, ‘convocação’. Daí a tradução, principalmente no meio religioso, para ‘assembleia’. O termo Kiriaka foi traduzido para church, kirche que significa ‘que pertence ao Senhor’. Em resumo, o significado da palavra Igreja é assembleia litúrgica, comunidade local e Igreja universal.

Vários símbolos são utilizados para designar a Igreja: redil, lavoura, construção, Jerusalém celeste, esposa, etc. Essas imagens no antigo testamento contêm a ideia de fundo de “povo de Deus”; já no novo testamento Jesus é o centro da Igreja, sendo que ele é a “Cabeça” desse povo que é o seu “Corpo”. Todas essas imagens deixam claro que Deus quer fazer do seu povo um povo santo para a união com Ele no Céu.

A origem da Igreja é o desígnio de Deus, quando Ele, por sua liberdade e autoridade, quis chamar o homem à comunhão com ele. Assim, ela foi prefigurada desde a origem do mundo, preparada na antiga aliança, para que na plenitude dos tempos Cristo viesse, a instituísse e a declarasse perpétua. Jesus, ao instituir a sua Igreja, confiou aos seus apóstolos o dever de guardá-la até a sua consumação na glória definitiva.

A Igreja no mundo é mistério da união dos homens com Deus e deve ser geradora de comunhão e caridade. Ela é constituída de pessoas humanas, mas de forma misteriosa o Espírito Santo a anima, fazendo suscitar nela dons e carismas. Também o Espírito a guia para que nunca se perca no caminho rumo ao Céu. Por meio da Igreja todos os homens têm a possibilidade de realizar o chamado de Deus à comunhão com Ele, sendo ela assim “sacramento universal de salvação”.

Pe. José Antônio Ramos

Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG