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Aula 56- 4ª Parte, 1ª seção – A oração na vida Cristã – Capítulo I, A revelação da oração. vocação universal à oração. Art 1º No Antigo Testamento

11/05/2022   .    Catecismo
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Nesta aula começaremos o estudo sobre a oração cristã, que está na quarta parte do catecismo. A oração é uma relação pessoal do ser humano com Deus. Sugestiva é a definição de Sta. Terezinha citada no Catecismo: “Para mim, a oração é um impulso do coração, é um simples olhar lançado ao céu, um grito de reconhecimento e amor no meio da provação ou no meio da alegria”. Esse comentário de Sta. Terezinha mostra claramente que para se fazer uma boa oração é preciso ter humildade, pois essa virtude é o fundamento de toda oração.

A oração brota do coração, lugar onde só o Espírito de Deus pode sondar; o coração é a sede das decisões humanas. A oração cristã é reconhecida na relação de Deus com o homem por meio das alianças, culminando na aliança eterna em Cristo. Assim, na nova aliança a oração é comunhão com a Trindade Santa, comunhão esta que o próprio Deus nos concedeu em Cristo Jesus.

A oração brota no coração do homem até mesmo por meio da criação, quando ele reconhece e louva a Deus por essa dádiva. Todas as religiões têm sua forma de procura do transcendente. E nesse processo relacional é sempre Deus que, em primeiro lugar, chama o homem até Ele. Dessa forma, a oração será sempre uma resposta a Deus que se revelou e aproximou do ser humano.

A oração é a relação de Deus com o ser humano nos acontecimentos da história. No Antigo Testamento temos a história do povo de Deus que, de certa forma, começa na criação. Os primeiros homens da fé se relacionavam com Deus por meio dos sacrifícios (cf. Gn 4,4; Gn 18, 20-9,17), mas foi com Abração que começou uma história particular de relação com Deus pela fé. Abraão é um homem obediente, do silêncio, sabe escutar a Deus, requisito essencial para a oração. Abraão tem o coração compassivo e acolhedor como Deus (Cf. Gn 18,1-15). Abraão não poupou seu próprio filho, provando que ama a Deus acima de tudo e mostrando que a relação com Deus exige sacrifícios, às vezes impossível aos olhos humanos.

A figura de Moisés é outro exemplo do Antigo Testamento importantíssima para a oração. A sua oração é figura da oração de intercessão, da qual Jesus será o autor principal. Deus se dirige a Moisés na sarça ardente e este O escuta e dialoga com Ele; faz também a oração de contemplação ao falar com ele face a face (cf. Ex 33,11). Tendo intimidade com Deus, Moisés ousa até mesmo a pedir a Deus que perdoe o povo, intermediando entre Deus e o povo, com argumentos que ressalta o amor e a misericórdia infinita de Deus.

Davi é o outro grande exemplo de homem orante, junto com os profetas. É o rei segundo o coração de Deus; ele idealiza o templo, lugar onde o povo foi educado para a oração. O templo se tornou a casa da oração. Também os profetas, de modo particular Elias, o pai dos profetas, educaram o povo para a fé e a conversão do coração.

Por fim, os salmos são textos riquíssimos que aprofundam o tema da oração no Antigo Testamento. Compostos por Davi, Salomão e outros sábios, os salmos eram cantados e rezados nas festas de Jerusalém e no dia a dia do povo. A Igreja conserva esse riquíssimo patrimônio no saltério e na liturgia da Santa Missa. Eles podem ser recitados em comunidade ou individualmente.

Pe. José Antônio Ramos

Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG

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