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Aula 48 – 3ª Parte, Segunda seção – Os Dez Mandamentos – Cap. 1, Amarás o Senhor, teu Deus, de Todo o Coração, de Toda a Alma e de Todo o Entendimento, Art. 1, O Primeiro Mandamento

14/03/2022   .    Catecismo
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O primeiro mandamento – ‘amar a Deus sobre todas as coisas’ – lembra que o amor a Deus deve ser único e verdadeiro. Ele se revelou primeiro ao homem durante a história, comprovando seu grande amor para com todos. Ama-lo de todo coração implica ter fé, esperança e caridade, que são as virtudes teologais. Quem vive essas três virtudes não deixa florescer em seu coração a dúvida, a incredulidade, o desespero, a presunção, a ingratidão e muitas outras formas de desprezar o amor de Deus. Quem ama a Deus de coração e com todas as forças O coloca sempre como o centro de sua vida.

Para prestar culto a Deus e O adorar de todo coração é necessário a vivência de algumas práticas da virtude da religião. São elas: a adoração, que é o reconhecimento de “Deus como o Criador, o Senhor e o dono de tudo que existe” (CIC n.2096); a oração, que é a ‘elevação do espírito para Deus; o sacrifício, tanto o sacrifício exterior, quanto o interior; as promessas e votos, que são oferecidas a Deus nos sacramentos (batismo, confirmação matrimônio, ordem) ou em um ato de devoção (a peregrinação, exemplo).

O reconhecimento de Deus como Único exige que o cristão não preste culto a outros deuses. No entanto, essa é uma tentação frequente. A superstição é uma forma de desvio do sentimento religioso e das práticas religiosas adequadas, assim como atribuir aspectos mágicos a essas mesmas práticas; A idolatria é o ato de acreditar em outros deuses ou a prática de divinizar as coisas materiais, como o dinheiro, ou até mesmo pessoas; a adivinhação, a magia e o espiritismo também devem ser rejeitados, pois a atitude cristã correta exige-se que o fiel se entregue com confiança nas mãos de Deus; a irreligião se expressa por tentar a Deus, pondo sua bondade e onipotência à prova, em palavras ou atos como estes: o sacrilégio (profanação dos sacramentos e das ações litúrgicas), a simonia (compra e venda de realidades espirituais); o ateísmo é a rejeição da existência de Deus; o agnosticismo é apatia a Deus, mesmo admitindo sua existência.

A proibição de fabricar imagens contida no primeiro mandamento precisa ser bem compreendida. De fato, não obstante essa proibição, no antigo testamento o próprio Deus ordenou que se fizesse imagens (cf. Nm 21, 4-9). A proibição das imagens mostra que só podemos adorar a Deus. Quanto ao verdadeiro culto das imagens, a Igreja propõe o culto de veneração, que remete à realidade original, ou seja, remete ao próprio Jesus, Imagem do Pai. Assim, a proibição de imagens no antigo testamento está no contexto do politeísmo, no qual os povos adoravam muitos deuses e tinham imagens desses Deuses, o que é expressamente proibido no  primeiro mandamento

Pe. José Antônio Ramos

Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG

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