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Aula 42 – 3ª Parte, Primeira seção – Capítulo I A dignidade da pessoa humana – artigo 7, As virtudes; Artigo 8, O pecado

28/01/2022   .    Catecismo
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A definição de virtude no catecismo é esta: “A virtude é uma disposição habitual e firme para fazer o bem” (CIC n.1803). Há dois tipos de virtudes: as virtudes humanas e as virtudes teologais. Primeiramente vamos falar das virtudes humanas, que são disposições naturais adquiridas por meio do hábito.

As virtudes humanas são muitas, mas o catecismo fala apenas de quatro delas: as virtudes cardeais. Os termos cardo e cardinis do latim significa ‘dobradiça’. Este é um objeto utilizado para encaixar a porta no portal e pela qual ela abre e fecha. Portanto, as virtudes cardeais são assim chamadas porque delas se desdobram as outras virtudes.

As virtudes cardeais são quatro: a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança. A prudência faz com que a pessoa possa discernir o bem e os meios para realizá-lo; a justiça permite dar a cada um e a Deus o que lhe é de direito; a fortaleza dá segurança nas dificuldades e firmeza e constância na procura do bem; a temperança modera a atração pelos prazeres e favorece o equilíbrio no uso dos bens criados. Assim, pode-se concluir que as virtudes humanas, que também são fortalecidas pela graça de Deus, favorecem os cristãos a ter uma vida íntegra e feliz.

As virtudes teologais são a fé, a esperança e a caridade. São virtudes divinas infundidas no coração do fiel pela graça dos sacramentos. A fé é a virtude pela qual o fiel crê em Deus e em sua revelação e que a Igreja o propõe a crer; pela esperança os cristãos têm a certeza de alcançar a felicidade na vida eterna; a caridade é a virtude pela qual o fiel ama a Deus de todo coração em primeiro lugar e ao próximo como a si mesmo. Além das virtudes há ainda o auxílio dos dons do Espírito Santo, disposições que tornam o ser humano dócil ao mesmo Espírito Santo.

O pecado é um tema que preferíamos nem falar, mas é necessário falar justamente para vencermos essa realidade dura da vida humana. Jesus revelou a misericórdia divina ao vir ao mundo e entregar sua vida como expiação dos pecados da humanidade. Ninguém pode negar que não tem pecado, mas se a pessoa reconhece o seu pecado receberá o perdão. A graça de Deus supera e muito o pecado como disse São Paulo: “Onde avultou o pecado, a graça superabundou” (Rm 5,20).

A definição de pecado no catecismo segue o que disse Santo Agostinho que o definiu como “uma palavra, um ato ou um desejo contrários à lei eterna” e, portanto, “um amor a si mesmo até o desprezo de Deus”. Há uma diversidade imensa de pecados, que São Paulo cita na carta aos Gálatas, opondo as obras da carne às obras do Espírito (Cf. Gl 5,19-21). O pecado pode acontecer por um pensamento, uma palavra, um ato ou omissão e a sua raiz é o coração do homem que não ama a Deus e ao próximo.

Os pecados podem ser classificados como mortais e veniais. A diferença entre os dois é que os pecados mortais destroem a caridade no coração do homem e os pecados veniais deixam subsistir a caridade, mesmo a ofendendo e ferindo. No entanto, para se definir um pecado como mortal deve-se observar o seguinte: que tenha matéria grave, que a pessoa tenha conhecimento pleno do que é errado; que a pessoa tenha plena liberdade para consentir voluntariamente. Assim, considerando a gravidade do pecado mortal, é necessário a conversão e a confissão para continuar na vida da graça.

Por fim, a repetição dos pecados leva a uma proliferação dos pecados. Sendo assim, é muito importante procurar constantemente a confissão, até mesmo dos pecados veniais. Existe também a possibilidade de colaborar com o pecado dos outros ajudando, aprovando, negligenciando, etc.. Por isso, é preciso conhecer o evangelho e ter consciência do que é o pecado e sempre o evitar, seja em nós ou em outra pessoa.

Pe. José Antônio Ramos

Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG

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