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AULA 16 – 1ª Parte, 2ª Seção, Capítulo II, Artigo 4, Parágrafo 1 Jesus e Israel (n. 571-594)

29/07/2021   .    Catecismo
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O mistério pascal é o centro da boa nova de Jesus e deve ser anunciado a todos. Por revelar sua identidade divina, muitas das palavras e ações de Jesus tornaram um sinal de contradição para as autoridades de Jerusalém. Ele não foi contra tudo o que acreditavam os fariseus, mas parece ter agido contra as principais instituições de Israel: a lei, o templo e a fé no único Deus. Na verdade Jesus levou a lei à perfeição, deu ao templo o seu verdadeiro valor e significado, mostrou que o Deus Único e Salvador é misericordioso e manifestou sua misericórdia enviando seu Filho Único para salvar a humanidade.

Desde o início da vida pública de Jesus percebe-se que Ele está em contradição com os grupos religiosos da sua época. Eles colocavam a lei acima de tudo, mas esqueciam que a lei devia servir para nortear o caminho da santidade. Valorizavam mais suas tradições do que o valor da pessoa humana, imagem e semelhança de Deus. Jesus interpretou autenticamente a lei, o que os judeus tentavam fazer, mas muitas vezes caíam na hipocrisia. Em Jesus, o Filho de Deus, a lei foi levada à perfeição não só na letra, mas também no seu espírito. Com suas palavras e atitudes misericordiosas Jesus se torna Ele mesmo a Lei.

O templo era uma instituição importantíssima para Israel. Todo israelita fazia peregrinação ao templo ao menos uma vez ao ano. Mas, levados pela ganância, chegaram a utilizar o tempo como lugar de comércio, o que Jesus rejeita com veemência. Ele demonstrou grande zelo pelo templo, mas no limiar de sua paixão previu a sua ruina – o que aconteceu no ano 70 depois de Cristo – e mostrou que seria substituído pelo verdadeiro templo, que é o seu corpo.

Jesus demostrou que o Deus Único e Salvador é também misericordioso e veio para salvar a todos. Ele aproximou dos publicanos e pecadores e afirmou que veio ao mundo principalmente para eles. Os judeus não puderam acreditar que não seriam mais somente eles o povo escolhido e que os pecadores seriam os prediletos de Jesus. Não acreditaram nem mesmo por suas obras. Agindo assim Jesus se colocou como Deus, perdoando os pecados, o que levaria, com certeza, a uma admissão ou rejeição pelos judeus.

Pe. José Antônio Ramos

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