O Espírito Santo é Deus junto com o Pai e o Filho. Esse mesmo Espírito é que nos revela Jesus Cristo, mas não revela a si mesmo. O Espírito é uma pessoa da Trindade Santa em sua imanência e ninguém pode conhecê-lo, a não ser o Pai e o Filho. No entanto, mesmo parecendo estar mais distante, é o Espírito que nos comunica a Santidade.
O CIC enumera os lugares que podemos conhecer o Espírito: Nas Sagradas Escrituras, na tradição (de forma particular nos Santos Padres), no Magistério da Igreja, na liturgia sacramental, na oração, nos carismas e ministérios, nos sinais de vida apostólica e missionária e no testemunho dos santos.
Mesmo sendo a pessoa da Trindade que guia a Igreja, ou seja, que está mais próxima do ser humano, falar sobre o Espírito Santo é bem mais difícil do que sobre o Pai e o Filho. Essa dificuldade resulta do fato de que o Espírito é a pessoa divina que faz o elo entre a missão do Filho e a do Pai e, portanto, a sua revelação é um pouco obscura. A sua ação acontece desde a obra da Criação até salvação da humanidade, mas acontece como que nos ‘bastidores da dinâmica trinitária’.
Apesar de não podermos conhecer o Espírito Santo é por Ele que podemos conhecer o Pai e o Filho. A nós foi possível conhecer o Espírito pela sua missão inseparável da missão do Filho, o qual foi ungido pelo Espírito Santo. A missão deste estava nos desígnios de Deus desde o começo do mundo até a plenitude dos tempos.
Observando o Antigo e o Novo Testamento pode-se ver que o Espírito Santo está presente e agindo em toda a história da humanidade: na criação, na promessa de redenção, nas teofanias, na lei, no Reino, no Exílio, na expectativa do Messias e de seu Espírito. Esta última promessa se realiza em Jesus, pois na “plenitude dos tempos” Jesus veio, sendo Ele o próprio Filho de Deus e Ungido pelo Espírito, que o acompanha em sua missão.
Continua no próximo artigo…
Pe. José Antônio Ramos
Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG