A glorificação de Jesus revela que Ele é realmente o Filho de Deus e, portanto, Deus: “Eu e o Pai somos um” (Jo. 10,30). O corpo de Jesus foi glorificado no momento em que Ele ressuscitou dos mortos, mas a sua glorificação plena acontece na ascensão, quando Ele sobe aos céus na presença dos discípulos. A ressurreição do seu corpo ainda não o glorificou plenamente, mas após a sua ascensão Jesus foi glorificado junto de Deus Pai. Ele pode subir ao Céu porque desceu do Céu e ao ser plenamente glorificado revelou plenamente que é Deus.
A ascensão de Jesus está ligada à sua Cruz, pois ao ser elevado na cruz para sofrer a morte já anuncia a sua glorificação. Na cruz Ele se consagrou como o Sumo e Eterno sacerdote e após sua ascensão sentou à direita do Pai. Com a mesma honra e glória dadas ao Pai e ao Espírito, Jesus inaugurou o Reino de Deus. No Céu Ele intercede por nós para que entremos um dia Também em sua glória
A presença da Igreja no mundo já é sinal da vitória de Cristo sobre o mundo. Jesus está presente na Igreja e o Reino de Deus já acontece no mundo pela ação da Igreja. De certa forma podemos dizer que já estamos na última hora. Cristo veio ao mundo, anunciou o reino e deixou a Igreja como meio de participação no seu Reino.
No entanto o Reino de Deus presente na Igreja não está consumado, mas será consumado em sua segunda vinda. Jesus subiu aos céus e voltará para a restauração definitiva do mundo. Ele virá logo, mas sua vinda depende da autoridade divina e da abertura dos homens a Deus. Antes de sua vinda a Igreja deve passar por provações e pela principal provação: a de ser tentada a rejeitar o projeto de Deus, aderindo ao anticristo, o qual tenta enganar os homens.
Uma coisa é certa: Cristo voltará. Ele mesmo anunciou o fim dos tempos (cf. Mc 12,38-40). Ele é o Senhor da vida e sua vitória já foi decretada pela sua ressurreição. Na cruz, Jesus realizou a obra redentora de todos os homens e lhe foi conferido o direito de julgar os vivos e os mortos. Ele não veio para condenar, mas para salvar, porém quem recusar a graça de Deus não terá a vida eterna.
Pe. José Antônio Ramos
Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG