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Estudo do Catecismo: 1ª Parte, 2ª Seção, Capítulo II, Artigo 3, Parágrafo 1: O Filho de Deus se fez homem (CIC n. 453-483)

08/07/2021   .    Catecismo
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É difícil falar do nascimento de Jesus sem o auxílio dos termos filosóficos. No decorrer dos primeiros séculos a Igreja foi explicitando os dogmas por meio dos concílios e a ajuda do Santos Padres. Os dogmas sobre Jesus Cristo foi muito difícil de serem definidos, pois a encarnação de Jesus, bem como toda a sua vida, morte e ressureição é um mistério.

Para compreender melhor esse tema façamos a pergunta: por que Jesus se encarnou? A resposta é fácil e talvez consigamos responder até por intuição: Jesus se encarnou para nos salvar. A encarnação de Jesus tem como principal objetivo salvar o ser humano de seus pecados. Ele veio ao mundo para que pudéssemos ser salvos pelo conhecimento que adquirirmos dele e, tendo-o como modelo de santidade, participemos da sua natureza divina.

Na encarnação Jesus assumiu realmente a natureza humana em tudo, menos no pecado. Várias passagens bíblicas falam desse mistério (cf. Fl 2,5-8; Hb 10, 5-7). É importante ao cristão acreditar e saber que Jesus realmente se encarnou, pois esse é um distintivo da fé cristã. Diz são João: ‘Nisto reconhecereis o Espírito de Deus: Todo espírito que confessa que Jesus veio na carne é de Deus’ (1Jo 4,2)

A Igreja afirma no credo Niceno-Constantinopolitano que Jesus Cristo é Verdadeiro Deus e Verdadeiro homem. As duas naturezas estão unidas e não confundidas. No entanto, no decorrer dos séculos muitas heresias surgiram contra esse dogma de fé. A primeira foi o docetismo gnóstico que afirmava que Jesus era só espírito, portanto, negavam a encarnação. O nestorianismo afirmava que havia duas pessoas em Jesus. O monofisismo afirmava uma única natureza após a  encarnação do verbo. Depois alguns tentam negar a vontade humana em Jesus. Todas essas heresias foram combatidas pelos concílios e firmou-se a doutrina que temos hoje no credo.

Jesus assumiu a natureza humana ao encarnar, o que não trouxe nenhum prejuízo à sua natureza divina. Esta verdade de fé consolidada nos concílios é muito importante, pois somente assumindo a natureza humana, com suas limitações, Cristo pôde nos salvar. Cristo é em tudo igual aos homens, menos no pecado. N’Ele o conhecimento humano exprimia a vontade divina e a vontade divina também se expressa em seu conhecimento humano. As duas vontades são distintas, mas cooperantes.

Cristo, ao vir ao mundo como homem, tornou Deus visível aos homens. Por isso o corpo de Cristo pode ser representado por imagem. Em Jesus Deus se tornou visível. Ele assumiu um corpo humano, limitado às condições humanas, menos no pecado. Essa proximidade tão grande de Deus aos homens é expressa de modo especial pelo símbolo do Sagrado Coração de Jesus. Na Santa chaga do Coração de Jesus todos podemos nos refugiar, pois expressa o Amor infinito de Deus por nós.

Pe. José Antônio Ramos

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