Capítulo I – Creio em Deus Pai todo Poderoso, criador do Céu e da terra.
Parágrafo 6: Criador do Céu e da Terra – o homem
O homem foi a última das criaturas visíveis criadas por Deus, que o criou à Sua imagem. O homem tem os dois aspetos da criação: o material e o espiritual, corpo e alma. Também foi criado com a distinção original: ‘homem e mulher’. E foi criado para entrar em comunhão com Deus, vivendo em amizade com seu Criador.
O homem é a única criatura criada à ‘imagem de Deus’, pois só o homem tem a capacidade de conhecer e amar a Deus. Sendo assim, ele pode compartilhar a vida divina, porque tem a dignidade de ser uma ‘pessoa’. Pode assim entrar em comunhão com outras pessoas e com o próprio Deus. Todo o amor de Deus pelo homem na criação se torna mais claro ainda na Redenção em Cristo Jesus, que fez de toda a raça humana um só povo em seu amor.
A dignidade do homem também é expressa pelo fato de que ele é criado de alma e corpo. A alma e o corpo estão intimamente unidos, dando-lhe a condição de Ser corporal e espiritual. Esta unidade não quer dizer que estão confundidos de tal forma que o corpo se torna espírito e o espírito se torna corpo. Há a clara distinção entre o corpo e a alma e ambos se unem formando uma pessoa humana. Sem dúvida há certa importância dada à alma porque ela é imortal, mas não se deve desprezar o corpo. Ele será necessário para a ressurreição, pois será transformado em um corpo espiritual.
Ao criar o ser humano, Deus o criou distinto, como homem e mulher. Essa distinção original são realidades boas e não diminui a sua dignidade. A distinção entre homem e mulher não foi para que sentissem falta um do outro, mas para que ambos se complementassem. Por amor, o homem se une à mulher no matrimônio a fim de que possam viver unidos no amor e contribuir para a propagação do gênero humano e cooperar assim na obra do Criador.
A comunhão do homem e da mulher era perfeita no paraíso. Neste, o ser humano vivia em harmonia consigo mesmo, entre homem e mulher, com os outros seres da natureza e com Deus. Esta condição na qual vivia o homem no paraíso antes do pecado original é denominada de ‘Justiça Original’. Enquanto o homem vivesse em íntima comunhão com Deus ele permaneceria nesse estado e, por conseguinte, teria a felicidade verdadeira e a vida eterna.
Pe. José Antônio Ramos
Paróquia Santa Cruz de Guarda dos Ferreiros/MG