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A vinda do Espírito Santo sobre a Igreja (At 2, 1-11)

07/06/2022   .    Artigos de Formação
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Pe. José Ronaldo de Oliveira
Pároco – Paróquia Santa Terezinha em Patrocínio/MG

No decorrer dos cinquenta dias do Tempo Pascal, com a celebração da Festa de Pentecostes, encerra-se o evento litúrgico da páscoa e retorna-se a caminhada do Tempo Comum, o tempo da vida pública de Jesus e de nossa missão do seu projeto salvífico. Dentro deste contexto da nossa caminhada eclesial de fé, celebramos as solenidades do Senhor que ocorrem no tempo comum: “Santíssima Trindade, Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo”, além das festas adicionais dos Santos (as) padroeiros intercessores de nossas comunidades.

A nossa Igreja é conduzida pelo Espírito Santo, assim, é nas promessas do Ressuscitado que ela levará até os confins do mundo o anúncio da Palavra de Deus e o Reino de paz e justiça.

O significado da palavra Pentecostes é cinquenta dias após a Páscoa; nos primórdios era uma festa agrícola, depois passou a significar a libertação do povo hebreu e, com o nascimento do cristianismo significa o sopro de Deus que une, na diversidade de dons, os seus discípulos, e os envia para a missão. Os sete dons do Espírito Santo têm uma relação com os sete sacramentos, vejamos: 1. Batismo com o Dom da Sabedoria (Mt 28,19-20); 2. Eucaristia com o Temor de Deus (Mt 26,17-29; Mc 14,12-25); 3. Crisma com o Entendimento (At8, 14-17); 4. Ordem com a Fortaleza (Jo 15,16; At 20,28); 5. Confissão com Ciência (Jo 20,23, 22-23); 6. Matrimônio com a Piedade (Mt19, 6); 7. Unção dos Enfermos com o Conselho (Tiago 5, 14-15).

O Espírito Santo é aquele que une, portanto, precede o dia de Pentecostes a semana de oração pela unidade dos cristãos. É a unidade na diversidade, mesmo sendo tão diferentes uns dos outros. É a linguagem do amor, entendida em qualquer parte do mundo, uma linguagem universal que o Espírito Santo capacita para anunciar as maravilhas de Deus na sua própria língua.

Somos diferentes, temos dons distintos, porém temos que estar unidos no mesmo Cristo Senhor. Essas diferenças de dons, de serviços, de ministérios fazem a riqueza da nossa Igreja.

O Pós Normal Pandemia contribui com uma postura estrutural de nossas instituições em crise. E traz como consequência o afastamento (dispersão), esfriamento, falta de adesão, de retorno e descompromisso das pastorais e movimentos. Em parte, ainda que se perceba, há algumas divisões, fragilidades na unidade das nossas pastorais, movimentos e comunidades. Busquemos a unidade não a vivência de cada um para si na sua individualidade. Ser Igreja é viver na unidade de forma participativa sem perder as particularidades próprias de cada pessoa e de cada ministério.

Não importa quem somos. O que importa é como agimos em relação a Cristo e ao próximo. Quanto mais próximo de Jesus Cristo, mais unidos seremos; proximidade em Cristo, proximidade dos irmãos e irmãs.

Quem tem Jesus Cristo como centro de sua vida não teme e não se fecha, mas corajosamente se abre para a missão; Jesus ao colocar ao meio deles, disse-lhes ‘ a Paz esteja convosco’ e sopra sobre eles e diz “Recebei o dom do Espírito Santo”.

Que com a Solenidade de Pentecostes venha sobre nós o derramamento do Espírito renovando assim, a nossa fé, para que sejamos maduros na espiritualidade e prontos a exercer com afinco a nossa missão de batizados, propiciando uma comunidade paroquial, mais santa e perfeita.

 

Referência bibliográfica: Pereira, J.C., Liturgia da Palavra II: reflexões para os domingos, solenidades, festas e memórias- São Paulo- S.P. – Paulus, 2014.

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