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AMAR A IGREJA

23/08/2021   .    Artigos de Formação
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Dom João Bosco Óliver de Faria
Arcebispo Emérito de Diamantina/MG

 

Perguntei, certa vez, a uma pessoa: “o que significa amar a Igreja?”

Ela me respondeu:

Amo a Igreja porque, na Igreja, recebo o Batismo, que é a fonte de minha vida espiritual. Tenho, também, na Igreja, os demais sacramentos que são alimento dessa vida: na Igreja, encontro o perdão de meus pecados; a grande força da Eucaristia, que me sustenta nas dificuldades e desafios da vida; pelo sacramento da Crisma, recebo da Igreja os dons do Divino Espírito Santo; pela Igreja, o meu amor matrimonial, que é humano, é transformado, é vivificado e fortalecido pelo Amor Divino; e, pelo sacramento da Unção dos Enfermos, encontro a força espiritual e o remédio na doença.

Amo também a Igreja, porque, na catequese, na pregação dos sacerdotes, nos ensinamentos dos Bispos e dos Papas, tenho a segurança de estar recebendo com autenticidade os ensinamentos de Jesus.

Amo ainda a Igreja pelo manancial de temas de espiritualidade e de doutrina, acumulados na sua história, desde os primeiros séculos do cristianismo, quer nos livros dos Santos Padres, quer nos escritos de tantos santos que nos ajudam no aperfeiçoamento de nossa vida cristã.

A Igreja oferece, também, o testemunho desses santos, que viveram as dificuldades de sua época e que foram fiéis aos ensinamentos de Jesus. Eles são como um espelho em que encontro as forças para dar, hoje, o meu testemunho de vida cristã.

Eu fiquei pensando: a resposta é bonita, mas isso não é AMAR A IGREJA!

Tudo o que a pessoa respondeu é verdade, mas devo fazer aqui uma consideração: nessa maneira de pensar, isso não seria amar a Igreja, seria gostar da Igreja; seria a busca da Igreja para levar suas vantagens – vantagens boas e, até santas, mas vantagens!…

Gostar é possuir, é querer ter as coisas em proveito próprio. Gostar é uma palavra que, apropriadamente, só pode ser aplicada às coisas, às plantas, aos animais. As crianças gostam do sorvete, do picolé, do chocolate. E, porque gostam, os destroem em benefício próprio. Os adultos gostam do churrasco, da cerveja, do vinho e, porque gostam, os destroem.

Pode-se, também, gostar de uma roupa confortável, de um carro ou de uma casa. Pode-se, ainda, gostar de uma cidade enquanto se busca o próprio benefício que ela pode oferecer para a realização pessoal, para o conforto, para o deleite ou prazer da pessoa, ou para o bem de sua família.

Assim, também, poder-se-ia até gostar da Igreja ou da Paróquia pelos benefícios ou vantagens que delas se pode auferir. Poder-se-ia, também, erroneamente, gostar de uma pessoa pelas vantagens que sua amizade ofereceria.

Mas, de fato, não se pode gostar de uma pessoa. Ela é filha de Deus e, enquanto tal, não pode ser possuída nem instrumentalizada em favor de outrem. Não se pode usá-la e, pior ainda, destruí-la em proveito próprio. Não se pode, também, gostar de uma realidade, de um ser espiritual-divino, pois não se pode colocar tal entidade espiritual-divina ao próprio serviço ou a serviço de interesses e prazeres pessoais ou de terceiros. A Igreja é uma realidade de instituição divina, é transcendente e espiritual, mas é humana na sua realização. Aquele que se sente filho da Igreja só pode amá-la. Outras pessoas, que não são seus filhos (de outras religiões), podem até gostar dela[¹].

Como católico, não posso nem devo dizer que gosto da Igreja!

O que seria, então, AMAR A IGREJA?

O amor tem cheiro de morte. “Ninguém tem mais amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13).

Só ama quem é capaz de morrer pelo amado. Os pais, porque amam, não medem os sacrifícios que fazem por seus filhos. Quanta renúncia dos pais para dar aos filhos o que eles, pais, nunca tiveram quando crianças, adolescentes ou jovens. Ainda assim, sempre pensam que poderiam fazer mais por eles. Isso acontece porque é grande o amor que eles têm pelos filhos. Amar é morrer pelo amado!

O amor matrimonial só cresce e se fortalece enquanto os dois são capazes de renunciar a alguma coisa, a seus interesses ou a um bem estar pessoal em benefício da pessoa amada, quando os dois são capazes de morrer um pelo outro, no dia a dia da vida, em seus trabalhos e nas pequenas ou nas grandes renúncias. Sacrificam-se um pelo outro e os dois pelos filhos. Os casais se separam quando se gostam, mas não quando se amam. O primeiro que se cansa de ser tratado como coisa desanima e abandona o casamento, quando lhe falta a força da fé!

Ensinou-nos Jesus: Se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Se, ao contrário, ele morrer, produzirá fruto em abundância (Jo 12,24).

Cristo nos oferece o exemplo, ao dar a Sua vida pela Igreja, isto é, por nós, mesmo sabendo que Seu amor não encontraria acolhimento nem retribuição por grande parte de pessoas. Amar é doar-se sem nada esperar como retribuição. Quem ama de verdade, sem nada esperar como retribuição, desconhece a decepção! Quem se decepciona com a Igreja, é porque não a ama, mas gosta dela!… E quando faz algo pela Igreja, na verdade, o faz por si mesmo, na expectativa de alguma vantagem.

O apóstolo Paulo nos dá seu exemplo, quando descreve à Comunidade de Corinto o quanto sofreu pela Igreja: Muito mais do que eles, pelos trabalhos, pelas prisões, por excessivos açoites; muitas vezes em perigo de morte; cinco vezes, recebi dos judeus quarenta chicotadas menos uma; três vezes, fui batido com varas; uma vez, apedrejado; três vezes naufraguei; passei uma noite e um dia em alto-mar; fiz inúmeras viagens, com perigos de rios, com perigos de ladrões, perigos da parte de meus compatriotas, perigos da parte dos pagãos, perigos na cidade, perigos em regiões desertas, perigos no mar, perigos por parte de falsos irmãos; trabalhos e fadigas, inúmeras vigílias, fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudez; e, sem falar de outras coisas, a minha preocupação de cada dia, a solicitude por todas as igrejas (2 Cor 11, 23 – 28)!

O Beato Papa Paulo VI escreveu, na sua Exortação Apostólica Evangelii Nuntiandi, resultado do Sínodo da Igreja sobre a Evangelização no Mundo Contemporâneo, acontecido em 1974:

Convém recordar aqui, de passagem, momentos em que acontece de nós ouvirmos, não sem mágoa, algumas pessoas – cremos bem intencionadas, mas com certeza desorientadas no seu espírito – a repetir que pretendem amar a Cristo, mas sem a Igreja, ouvir a Cristo, mas não à Igreja, ser de Cristo, mas fora da Igreja. O absurdo de semelhante dicotomia aparece com nitidez nesta palavra do Evangelho: “Quem vos rejeita é a mim que rejeita” (Lc 10, 16). E como se poderia querer amar Cristo sem amar a Igreja, uma vez que o mais belo testemunho dado de Cristo é o que São Paulo exarou nestes termos: “Ele amou a Igreja e entregou-se a si mesmo por ela” (Ef 5, 25)? [²]

Amar a Igreja significa querer o seu bem, não por causa de, mas apesar de!

Amar a Igreja, amar a Paróquia, amar a Diocese significa querer o seu bem, apesar de seus Bispos, de seus Sacerdotes, de seus Ministros e Agentes de Pastoral, ou, ainda, apesar de certas pessoas que, às vezes, pretendem ser as donas da Comunidade… e mais atrapalham que ajudam! Aprendi, em minha vida, a amar a Igreja para além daqueles que a representam! Houve pessoas na Igreja que me fizeram sofrer. Elas estavam na Igreja, mas elas não eram a Igreja! Eu amo a Igreja e, por ela, com alegria, tenho dado minha vida nestes 53 anos de sacerdócio, sem contar o longo tempo de  seminário pelo qual passei.

Amar a Igreja significa servir a Igreja e não servir-se da Igreja.

Amar a Igreja significa dar a nossa vida pela Igreja. Os religiosos, os consagrados, os sacerdotes renunciaram a ter uma família e a tantos outros bens, por amor a Cristo, ao Seu Reino, a Sua Igreja. Uma das dificuldades que os Párocos encontram na direção de suas Paróquias é a de encontrar pessoas que aceitem participar dos Ministérios e das atividades pastorais. As pessoas que estão comprometidas com suas famílias podem dar um pouco de seu tempo ou de seus bens para que o Reino de Deus, querido por Jesus, aconteça entre nós. Essa é a missão da Igreja. Aqueles que se dedicam às pastorais, aos ministérios, aos movimentos de evangelização, fazem-no por amor a Cristo e a Sua Igreja. Amar a Igreja é dar a própria vida pela Igreja, é morrer por Ela. Cristo também amou a Igreja e entregou Sua vida por ela (Ef 5,25), lembrou-nos o Beato Paulo VI.

O fundamento do sentimento de pertença à Igreja vem da consciência do próprio Batismo e não da atividade exercida na Igreja.

Não é porque exerço uma atividade pastoral ou um ministério na Igreja que passo a amá-la. Mas é porque amo a Igreja que sinto necessidade de oferecer minha vida, meu trabalho e meu tempo, para que ela exerça sua missão no anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. A alegria de ser Igreja, o amor à Igreja nascem da consciência do meu batismo!

Todo aquele que é batizado torna-se Luz e Vida de Cristo para o mundo, passa a ser alguém que mostra o caminho para o mundo. Um mundo sem Cristo é um mundo de violência, de ódio, de morte, de opressão, de corrupção, de exploração do fraco, do pobre, do ignorante; um mundo dividido e de divisões. O Batismo leva a pessoa e o mundo à comunhão em Cristo. Em Cristo, o homem volta a ser o que deve ser: imagem e semelhança de Deus, criado por Deus Amor para amar. A pessoa batizada cristifica a humanidade. A pessoa ama essa Igreja e com ela faz o mundo ser mais humano e por ela dá a sua vida.

A Igreja tem um rosto bem concreto e visível.

A Igreja tem, o rosto daqueles que são os primeiros responsáveis pela vida da Igreja, pela sua presença e ação no mundo, através dos tempos: os Papas, os Bispos e os Colaboradores da ordem episcopal: os sacerdotes. O amar a Igreja, não é, pois, um amar genérico. Cristo entregou a Igreja a Pedro. Amar a Igreja é amar Pedro e seus sucessores. O amor ao Papa significa procurar conhecer, difundir e vivenciar suas pregações e ensinamentos. Ajudá-lo com as orações, querendo o seu bem e o bom acolhimento de sua palavra em toda a cristandade e no mundo. Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos. Amar a Igreja é, também, amar e rezar pelo seu Bispo.

A Igreja tem o rosto da Comunidade, da Paróquia de pertença, da Diocese.

É muito triste encontrar pessoas para quem a Igreja termina nos limites de sua pequena comunidade, ou nos limites da Paróquia. Tais pessoas recusam-se a participar de trabalhos apostólicos ou se recusam a contribuir nas necessidades maiores da Paróquia ou da Diocese. Alguns pretendem que a comunidade da Igreja Matriz sustente todas as despesas da vida paroquial.

Há outro erro frequente na manifestação do amor à Igreja: pode haver pessoas, generosas até, mas que não têm nem sua cabeça nem seu coração na Comunidade ou na Paróquia em que vivem. Os pobres da Paróquia poderiam ser mais bem atendidos em suas necessidades. Pessoas com essas limitações de amor também não se importam com as necessidades paroquiais, como os problemas da Catequese Paroquial, que precisa anunciar Jesus Cristo às crianças e aos jovens com os mesmos meios de comunicação a que nossos jovens estão acostumados; a Capela ou a Matriz necessitam trocar seu telhado ou alguma outra reforma para o bem e o conforto dos fiéis que a frequentam; o som usado nas celebrações pode ser ruim ou faltar microfones de qualidade; o carro que o Padre usa pode não oferecer segurança e, às vezes, não chegar a seu destino, deixando o pobre Padre na estrada, na poeira ou no barro, de dia ou de noite.

A minha Paróquia é a MINHA PARÓQUIA

A minha Paróquia é o rosto da Igreja que me adota como filho(a), que me ama e que trabalha pela minha felicidade e pela felicidade de minha família. Como é bom participar da minha Paróquia com a santa vaidade de ser católico e seguidor de Jesus Cristo!

Se a cidade tem mais de uma Paróquia, é importante procurar ser fiel e participar, em tudo, na PARÓQUIA de pertença. Jesus Cristo é o centro do nosso viver. Cristo é a nossa vida, ensina-nos São Paulo (Cl 3,4). Deve-se, pois, amar Jesus Cristo e Sua Igreja na sua Paróquia. É bom não se deixar levar pela simpatia maior ou menor deste ou daquele Pároco. Tal vivência religiosa seria sentimentalismo, interesse pessoal, e não vivência e espírito de fé.

Participar da vida da Comunidade com seu trabalho é mais OBRIGAÇÃO que devoção. O bom católico não deve ser apenas um , um torcedor de Jesus Cristo, mas um membro vivo e atuante do Corpo Místico de Cristo (Cl 1, 24) com a oração e com o trabalho, corresponsável na sua Comunidade Igreja.

Para todos os católicos, a Igreja tem o rosto da DIOCESE onde a mente e o coração estão no Bispo, auxiliado por seus sacerdotes, onde seu útero está no Seminário, onde seus órgãos vitais e seus membros se manifestam em seus leigos com funções, com dons e com carismas diversificados, todos trabalhando pela construção do Reino de Deus.

A Igreja tem o rosto DA PARÓQUIA onde a mente e o coração estão no Pároco, com os Sacerdotes e Diáconos seus colaboradores; o útero está na catequese e nos que a ela se dedicam; seus órgãos vitais e seus membros se evidenciam em seus leigos dedicados à missão, enriquecidos com seus dons e com os carismas do Espírito.

Para todo aquele que quer ser Igreja, ela tem o rosto do POBRE, que, pelo egoísmo de outros, nasceu ou se tornou pobre e se encontra privado das condições de uma vida digna e que, por isso, amarga sua existência na tristeza, sem esperança de uma situação melhor. Nada mais triste nesta terra que as lágrimas de uma criança pobre que desconhece o carinho do abraço de um pai ou a ternura do beijo de uma mãe.

A Igreja tem o rosto do DOENTE que não consegue marcar uma consulta médica e, quando o faz, não tem acesso aos exames clínicos e aos remédios que lhe devolveriam a saúde e lhe suavizariam a dor.

A Igreja tem o rosto do FRACO que não consegue defender seus direitos e se vê usurpado nos seus poucos pertences e espoliado no mercado de trabalho.

A Igreja tem o rosto do SOLITÁRIO que, pelos seus cabelos brancos ou por sua fraqueza física, vive em um canto de seu quarto atravessando as noites intermináveis e os dias que não passam, sem ter alguém com quem conversar e recordar as páginas menos sofridas da própria vida.

A Igreja tem o rosto do SOFREDOR que bebe do cálice da calúnia e da maledicência, ao ver seu nome e sua honra serem vilipendiados, sofrendo as consequências da inveja diabólica dos fracassados na vida, dos corruptos e dos incompetentes.

A Igreja tem o rosto do PECADOR que desconhece a imensidão da misericórdia de Deus, bom e paciente, sempre pronto a perdoar, e que esquece sempre e para sempre todas as nossas faltas.

E os escândalos na Igreja?

As pessoas na Igreja que se envolvem em escândalos estão na Igreja, mas não são a Igreja. Já nos disse Jesus: Ai do mundo por causa dos escândalos. É inevitável, sem dúvida, que eles ocorram, mas ai daquele que os provoca (Mt 18,7)!

O fato de ser batizado, de ser cristão, de ser católico, de ter recebido as ordens sacras ou de ter cargos e responsabilidades na Igreja não garante a santidade de vida a ninguém. Deus dá a Sua Graça, a Sua Bênção, mas se a graça de Deus for desprezada pela pessoa, se não for, devidamente, valorizada, este desprezo da graça divina pode interromper para aquela pessoa o receber novas ajudas do Céu. Aquela pessoa, antes boa ou santa, começa a perder a graça que possuía e, sem se alimentar espiritualmente, torna-se capaz de atitudes opostas ao Evangelho e de gerar escândalos. O importante é cada um cuidar-se bem com os dons que recebeu de Deus, para não vir a ser pedra de escândalo para os outros. Quanto maior for a altura, maior será a queda. Ensina São Paulo na Carta a Timóteo: Não te descuides do carisma que há em ti, que te foi dado mediante uma profecia acompanhada da imposição das mãos do presbitério. (1 Tm 2,14).

O mal é difusivo, contamina. Aprendi com um jornalista que é notícia aquilo que se quer esconder: o ganhador da Mega Sena, por exemplo. Assim, os
pecados das pessoas têm mais espaço nos meios de comunicação que suas virtudes!

Volto a lembrar duas coisas que escrevi: amo a Igreja apesar dessas pessoas e não por causa das pessoas que estão na Igreja; aprendi a amar a Igreja
para além daquelas pessoas que a representam.

Um bom católico reza pela conversão daqueles que provocaram ou que provocam escândalo com seu mau testemunho de vida. É também por isso que a Igreja nos propõe o exemplo e o modelo dos santos: não para serem adorados, como dizem pessoas não católicas, mas para que seus ensinamentos e exemplos possam nos fortalecer na fé, diante do mau exemplo de outros!

Que cresça em nossos corações o amor a Cristo, o amor à Igreja. Nesse amor, a iniciativa é de Cristo: Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi, para que vão e deem fruto e que esse fruto não se perca (Jo 15,16).

É divina a origem da Igreja. É divina a origem de nossa vocação batismal. É divina nossa pertença, a minha pertença à Igreja Católica!

Apesar de ser o que eu sou, Deus me escolheu com um amor de predileção para ser Dele, só Dele, todo Dele e ser, pelo Batismo que recebi, a presença viva de Jesus no mundo.

Deus tem a mim e a você para fazer a Igreja de Cristo sempre mais bela, iluminando a vida da humanidade.

O amor com que Cristo nos amou, a ponto de dar a Sua vida e de sofrer a morte na cruz por nós, só pode ter uma resposta de amor: dar a nossa vida, incondicionalmente, toda ela, sem reservas, por Cristo e pela Igreja, colocando à disposição do Senhor da Messe todos os dons e todos os carismas que recebemos, trabalhando com fé, com confiança e com esperança na missão que cada um recebeu, na família, na comunidade, na sociedade e na Igreja.

Amém!

djbosco@terra.com.br

 

[1] Durante o Regime de Exceção iniciado em 1964, a Igreja Católica foi uma das poucas vozes que se levantaram neste País em defesa dos presos políticos e dos direitos humanos. Nesta época, muitos, que não eram católicos, gostaram da Igreja e de sua atuação destemida.

[2] Evangelii Nuntiandi, 16.

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