Assessor Diocesano: Padre Marcelo Marins Gonçalves
Tel.: (34) 3842-3970
Os Ministros da Palavra são homens e mulheres generosas que coordenam celebrações da Palavra em lugar da celebração Eucarística, que se colocam a serviço do povo dirigindo a oração comunitária.
Sobre este ministério, a CNBB fala que:
“A celebração da Palavra de Deus, como expressão da Igreja reunida, supõe a presença de uma equipe de celebração que a prepare, anime e integre os diversos serviços: de acolhimento fraterno, da presidência, da animação, do canto, da proclamação das leituras e outros. Para o seu bom desempenho, requer-se para a equipe a formação litúrgica. Convém que dela participem crianças, jovens, homens e mulheres” (CNBB, Celebração da Palavra de Deus, 42).
Para que uma celebração aconteça é necessária a presença da equipe celebrativa que prepare a celebração distribuindo as funções, de acordo com o que cada um pode fazer. Quanto mais a comunidade participar, melhor. Afinal, é ela como um todo que celebra, e não apenas a equipe que coordena a celebração.
A função do Ministro da Palavra
Além de evangelizar as realidades do dia a dia, os cristãos leigos e leigas são chamados a, com generosidade, ajudar os ministros ordenados naquelas atividades que não exigem o sacramento da ordem. Aí os chamados “ministérios extraordinários”, como o da sagrada comunhão e das exéquias.
Quanto ao ministério da Palavra, ele se torna extraordinário quando um cristão leigo ou leiga é enviado pela Igreja para, em auxílio aos ministros ordenados, socorrê-los naquelas celebrações em que eles deveriam estar presentes mas, por algum motivo, não estão.
Todo e qualquer cristão, pelo seu batismo e confirmação, pode realizar legitimamente o serviço deste ministério. No entanto, eles devem ser preparados com uma formação adequada para tal.
Assim, o ministro da Palavra anuncia a Palavra mas não preside a Eucaristia, que pode ser distribuída pelo ministro extraordinário da Sagrada Comunhão.
Sobre a interpretação da Palavra
O papel do Ministro Extraordinário da Palavra é de extrema importância, pois, o risco é que se as pessoas lerem a Palavra por sua própria conta, elas acabem interpretando a Bíblia do seu jeito. Pessoas bem intencionadas mas despreparadas dizem aos outros o que a Bíblia não diz, gerando confusão.
Espera-se, portanto, que o ministro da Palavra interprete o que proclama em comunhão com a Igreja. Para tanto, o ministro tem como apoio os vários comentários bíblicos redigidos por peritos e encontrados na internet, nas mídias sociais, nos folhetos litúrgicos e em livros de exegese.
A participação em cursos, encontros, semanas e escolas sobre a Sagrada Escritura são necessárias. As pessoas que o escutam querem saber o que Deus tem a dizer a elas por meio da Igreja. Não estão interessadas em palpites ou adivinhações.
Quem comenta a Sagrada Escritura deve oferecer o que ela tem de fato a oferecer: a Palavra de Deus.
Fonte: http://www.padrecristovam.com.br/blog/geral/o-que-fazem-os-ministros-da-palavra/