Do alto de sua imponência, a Igreja Matriz, símbolo de fé e de religiosidade, presencia o progresso de São Gotardo. Durante toda a sua existência, desde sua construção até os dias atuais, ela é a marca do esforço e dedicação dos seus fiéis.
Localizada à Praça dos Sagrados Corações, antes denominada Praça Olegário Maciel, é circundada pelas ruas Dr. Moacir Franco, Antônio José de Castro e pela Avenida Rui Barbosa e teve seu início em 20 de junho de 1935 quando foi lançada a pedra fundamental de sua construção (conforme ata da 4ª reunião da diretoria encarregada da construção da matriz).
O local escolhido para sua construção fora o antigo cemitério da cidade o qual por uma questão higiênica fora demolido por situar-se no centro da cidade. Foi criada então em 13/05/1935 a “Sociedade da Construção” para ajudar a levantar a tão importante obra.
Em abril de 1938, iniciou-se efetivamente a sua construção sob a responsabilidade do construtor Luiz Losano Sanches.
Construída em estilo arquitetônico que invoca o estilo das linhas góticas, contou com a doação dos fiéis e uma importância de 2 mil contos de réis feita pelas famílias mais abastadas da cidade, além de pedidos, barraquinhas e até a venda de um lote ao lado da igreja para angariar fundos necessários à sua conclusão.
Apesar dos trabalhos de conclusão só serem totalmente finalizados em 26 de novembro de 1944, os fiéis puderam assistir à primeira missa celebrada na nova igreja, ainda inacabada, no dia 20 de janeiro de 1940. A tão esperada celebração foi realizada pelo Vigário Pe. José Batista dos Santos que enalteceu o trabalho do construtor e da Sociedade da Construção.
Ao término da obra, a igreja apresentava em seu interior um teto pintado com figuras bíblicas feitas pelo pintor espanhol Eliseu Peres Valdez, lustres de cristais e altar de mármore com genuflexório.
A Igreja Matriz, símbolo do catolicismo sangotardense, contou também no decorrer de sua história com a colaboração do então prefeito Joaquim Ferreira Prados que sancionou a Lei nº 141 de 4 de setembro de 1953, que concedia à Paróquia de São Sebastião, a subvenção ordinária de Cr$6.000,00 destinados ao catecismo paroquial.
O tempo é transformador e em seu percurso deixa marcas e a necessidade de consertá-las ou ao menos amenizá-las. Foi o que aconteceu com a Igreja Matriz que recebeu ao longo do tempo várias reformas em seu interior. Infelizmente, a beleza de seu teto foi coberta por camadas de tintas, seus lustres substituídos por luminárias e o altar de mármore com o genuflexório, desapareceram. Suas portas de madeira deram lugar às de estruturas metálicas.
Seus fiéis continuaram fazendo-se presentes através de doações de maravilhosos vitrais bíblicos como foi o caso das famílias Flávio, Bueno, Franco, Leopoldino, Ladeira, Mendes, Souza, Couto, Antônio Ribeiro, Rezende, Araújo, Soares e também do Apostolado da Oração. Alguns destes vitrais tiveram partes quebradas e foram colocados outros que os estão descaracterizando, mas, as famílias já manifestaram a decisão de restaurá-los. |