Joaquim Afonso de Sá e sua esposa Inácia Maria Rodrigues, donos da fazenda Brejo Alegre, sentindo a importância do local para os viandantes, resolve fazer uma doação de parte de suas terras para ali erigir uma capela. Surge assim o primeiro documento sobre a cidade de Presidente Olegário e sua origem. Nasce, portanto, a futura cidade de Presidente Olegário da doação de parte da fazenda Brejo Alegre à Santa Rita dos impossíveis, já consagrada como padroeira do lugar nascente.
A história do povoamento de Presidente Olegário surge, a partir de 10 de outubro de 1851, quando se faz a doação ao patrimônio da Igreja, a fim de se erigir uma capela sob a invocação de Santa Rita de Cássia e para, nas terras, se arrancharem os que ali forem. Na ocasião, o território era subordinado à freguesia de Santana de Alegre (João Pinheiro), o que muito dificultava a assistência religiosa aos habitantes, já em número representativo, das fazendas Boa Sorte e Onça. E na escritura de doação encontramos a nova denominação da localidade: Santa Rita da Boa Sorte.
A doação do patrimônio tinha como objetivo a construção de um templo, sob a invocação de Santa Rita, onde os residentes da região pudessem praticar os seus exercícios devocionais, religiosos. Imediatamente edificaram uma capela, mais tarde transformada em capela-mor da Matriz, que teve a sua nave complementando a Igreja que se transformaria em Matriz paroquial.
Quem primeiro trabalhou nela foi o exímio carpinteiro Felisberto José da Fonseca, contando com a eficiência de mestre pedreiro, cujo nome a história não conservou. Toda a madeira para a edificação foi tirada da fazenda “Pau do Mel”, perto das Três Barras. O termino da pequena capela, em virtude das dificuldades da época, somente aconteceu em 1859, quando foi consagrada ao serviço do Senhor.
Assentaram a capela no ponto alto do divisor de águas do Paranaíba e do São Francisco. A sua cumeeira ficava justamente como autentico marco deste divisor das duas importantes bacias hidrográficas do País.
Com o passar dos tempos, a população foi aumentando e teve necessidade de também ampliar a Igreja. A capela primitiva ficou servindo como capela-mor e José Grino, Francisco Arruda, Antônio Criolo, Antônio Godinho, João Correa e Sumbém construíram a nave da Igreja que serviria como Matriz durante muitos anos até que, tristemente, foi demolida, para, no seu local, ser construída a Igreja Matriz. De 1997 a 2001 foi reformada e ampliada a Matriz, devido ao grande numero de fieis da paróquia.
Pela lei provincial de 30 de novembro de 1880, sob nº 2.688, foi o Distrito de Santa Rita desmembrado do de Santana dos Alegres, elevado à categoria de freguesia, com a denominação de Santa Rita de Patos. O texto da referida lei é o seguinte: “Art. 1º – Fica elevado à categoria de freguesia o distrito de Santa Rita de Patos, desmembrando da freguesia dos Alegres, com a denominação de Santa Rita de Patos.”
Depois da criação da freguesia, foi feita a instituição canônica por provisão de D. João Antônio dos Santos, Bispo de Diamantina, datada de 11 de maio de 1882. Foi publicada à estação da missa conventual a provisão de instituição canônica da nova paróquia, em 23 de Julho de 1882, pelo pároco Pe. Porfírio Pereira Silveira e registrada no verso da folha 7 e na folha 8 do livro competente, na secretaria da Câmara Municipal da Vila de Patos, em 20 de maio de 1883, pelo secretário João G. Amorim.
A nova freguesia ficou uma área territorial de 240Km², aliás, as mesmas divisas do distrito civil.
A primitiva igreja, cuja constrição teve seu término em 1859 era constituída apenas da capela-mor da Igreja recentemente demolida.
Com a criação da Diocese de Uberaba, em 1907, passou a fazer parte desta para, a partir de 1955, pertencer à recém-criada Diocese de Patos de Minas.
Além da Igreja Matriz, recentemente construída, são capelas filiais da paróquia, entre outras: São Pedro em Ponte Firme; Santa Cruz no Cruzeiro da Prata; Santana na Galena; Vereda da Palha; Bela Vista; Cachoeirinha; Chapadão; Charco; Lobo; Onça; Piçarrão; Pindaíbas; Ponte Grande; Santiago; Santa Maria; Tiririca; Vargem Grande e a de Nossa Senhora da Abadia, em Andrequicé, a doação do terreno para a construção desta capela e da resistência dos moradores foi feita por José Mendes e Vicente Mendes. João Braga construiu a capela. A peregrinação teve início assim que se iniciaram as celebrações litúrgicas na referida capela. Hoje, milhares de pessoas até lá afluem para venerar a imagem de Nossa Senhora da Abadia e tributar à Virgem Assunta os seus agradecimentos pelas graças alcançadas. A festa, ultimamente, está sendo realizada pelo Bispo Diocesano que, em companhia de outros sacerdotes, aproveitam do ensejo para pregar uma catequese missionária aos devotos romeiros, provenientes, não só da região, mas também de outros rincões distantes do Estado.