A 12ª Edição do Mutirão de Comunicação teve início na tarde desta sexta-feira, 23 de julho, com a abertura da sala de início da transmissão às 16h45. O evento é promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com realização da Pascom Brasil, Signis Brasil e Rede Católica de Rádios e patrocínio da Agência Parábola, CiaTicket, Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos, Magnificat e apoio da Lumina Viagens e Turismo, PUC Minas e arquidiocese de Belo Horizonte.
A assessora de Comunicação da CNBB, Manuela Castro, e o presidente da Signis Brasil, Alessandro Gomes, foram os mestres de cerimônia que conduziram a programação. O presidente da Signis Brasil reforçou o objetivo do Mutirão: “Ser um espaço de estudo, troca de experiências e apontamentos de novos rumos para a comunicação católica brasileira”.
O início, às 17h, foi marcado por um momento de espiritualidade a partir do Centro de Espiritualidade da PUC Minas. O momento foi dedicado às vítimas da Covid-19. Também foi lembrado o contexto de disseminação de notícias falsas que impede as pessoas de enxergar a realidade. A querida Amazônia e os povos originários que lutam pela defesa da Casa Comum também foram lembrados na oração de abertura.
Antes de compor a mesa de abertura, os anfitriões reforçaram que, com 5.600 participantes, a 12ª edição do Mutirão de Comunicação entra para a história da Igreja no Brasil como um dos maiores eventos de comunicação realizado no país. O trabalho do padre Tiago Sibula, coordenador geral do evento, também foi enaltecido no início da programação. Ele não pode participar da abertura em função de um problema de saúde.
A mesa de abertura, às 17h30, foi composta pelo presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, pelo bispo auxiliar de Belo Horizonte e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação da CNBB, dom Joaquim Giovani Mol. O presidente da CNBB agradeceu a realização do encontro com uma programação de altíssima qualidade oferecido à Igreja no Brasil pela Comunicação da CNBB e pelos parceiros. “Tenho certeza que as marcas deste Mutirão impulsionarão a Igreja no Brasil cada vez mais em sua tarefa missionária, qualificando-nos a todos e fazendo de nós verdadeiros comunicadores”, disse.
Dom Walmor leu uma mensagem enviada especialmente ao encontro pelo Papa Francisco: “Os cristãos são chamados a ser um sinal de esperança e solidariedade na sociedade brasileira tão atingida pela atual pandemia (…). Ser sinal de esperança significa em primeiro lugar ser instrumento de reconciliação e unidade, missão da Igreja no Brasil”, diz um trecho da mensagem.
Na mensagem, o Papa afirma que os comunicadores cristãos devem estar na linha de frente na promoção de uma comunicação que constrói pontes, que busca o diálogo e supera as aporias ideológicas, certo de que todos somos responsáveis pela comunicação que fazemos, pelas informações que damos e pelo controle que podemos, conjuntamente, exercer sobre as notícias falsas, desmacarando-as. O Santo Padre enviou a todos os participantes uma bênção apostólica e pediu que rezem por ele.
Também integraram a abertura, os membros das organizações parceiras na realização do Mutirão de Comunicação, os coordenadores da Pascom Brasil, Marcus Tulius e a secretária-geral, Patrícia Luz, a presidente da Rede Católica de Rádio (RCR), Ângela Moares e os dois bispos que integram a Comissão de Comunicação da CNBB, dom Edilson Soares Nobre, bispo de Oeiras (PI) e dom Neri José Tondello, bispo de Juína (MT).
A palestra magna cujo tema foi “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”, foi proferida pelo doutor Massimo di Felice, da Escola de Comunicação e Artes (ECA) – USP. Ele abordou quatro aspectos em sua análise: o progatonismo dos não humanos e o fim de um tipo de mundo, a evolução da conectividade e a crise da ideia ocidental de sociedade, data ecology: os ecossistemas digitais e a comunicação biosférica e o comunitarismo datificado.
O professor chamou a atenção para o fato de que hoje, com a internet 2.0, 70% da comunicação que circula pelas redes não é produzida pelos seres humanos mas por algoritmos, organizados pelas big datas, empresas como Google, entre outras.
Às 19h seguiu uma apresentação cultural e às 19h15 teve início a Conferência 1 com o tema “Comunicação para a paz em tempos de fake news e ultraconservadorismo”, apresentada pela professora e doutora Magali Cunha. Em sua 12ª edição, de forma totalmente online, o evento conta com mais de 5 mil inscritos, em 6 conferências, apresentações culturais, reflexões e diálogos. A temática principal será “Por uma comunicação integral: o humano nos novos ecossistemas”.
Saiba como foi o primeiro dia:
Confira a programação do segundo dia – 24 de julho:
8h30: Abertura da sala
8h45: Espiritualidade
9h: Conferência 2 – Era do onlife: real e virtual se (com)fundem. Também na Igreja? (Prof. Dr. Moisés Sbardelotto)
9h45: Apresentação cultural
10h: Conferência 3 – Retomar as rédeas do mundo: o humano-cristão nos novos ecossistemas à luz da Fratelli Tutti (Prof. Dr. Norval Baitello Júnior | PUC-SP)
10h45: Reflexões e Diálogos
11h15: Mesa Redonda – Ecologia das mídias e nas mídias católicas (Prof. Dra. Adriana Braga | PUC-Rio e Prof. Dr. Jorge Miklos | UNIP)
12h: Intervalo
13h30: Conferência 4 – Comunicação para o bem viver em tempo de máxima desigualdade (Prof. Dra. Viviane Mosé)
14h15: Apresentação cultural
14h30: Conferência 5 – Utopias do mundo integral (Prof. Dr. Carlos Ferraro | Presidente de Signis ALC – Argentina)
15h15: Reflexões e Diálogos
16h: Intervalo
16h10: Conferência 6 – Comunicação integral: influenciadores ou influenciados? (Prof. Dra. Elizabeth Saad | ECA – USP)
17h: Show
18h: Missa transmitida pelas TVs e rádios católicas
Fonte: CNBB